Net Zero: o caminho das organizações rumo à neutralidade climática e à competitividade sustentável

Entenda o que é Net Zero e como empresas podem alcançar a neutralidade de carbono, atendendo exigências globais, reduzindo riscos climáticos e ganhando vantagem competitiva no mercado sustentável. [...]
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Net Zero: o caminho das organizações rumo à neutralidade climática e à competitividade sustentável

Entenda o que é Net Zero e como empresas podem alcançar a neutralidade de carbono, atendendo exigências globais, reduzindo riscos climáticos e ganhando vantagem competitiva no mercado sustentável.

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A transição para uma economia de baixo carbono já não é uma escolha futura, mas uma exigência presente. O conceito de Net Zero ou emissões líquidas zero assume força como uma das principais metas globais para conter os efeitos das mudanças climáticas e manter o aumento da temperatura média do planeta abaixo de 1,5 °C, conforme o Acordo de Paris. Para o setor corporativo, alcançar a neutralidade climática passou a ser não apenas uma resposta ética, mas também uma vantagem competitiva e uma exigência regulatória crescente.

Net Zero significa equilibrar a quantidade de gases de efeito estufa emitida com a quantidade removida da atmosfera, seja por soluções naturais como florestas e solos regenerativos, seja por tecnologias de captura e armazenamento de carbono. A jornada envolve diversas etapas, entre elas o inventário de emissões (escopos 1, 2 e 3), a definição de metas baseadas na ciência por meio da Science Based Targets initiative, a implementação de medidas de descarbonização e, quando necessário, a compensação com créditos de carbono de alta integridade.

Empresas que incorporam a neutralidade de carbono em sua estratégia assumem protagonismo frente a riscos climáticos, investidores, cadeias de suprimento e consumidores exigentes. Além disso, governos e blocos econômicos, como a União Europeia, já vêm criando legislação e mecanismos regulatórios para exigir transparência e metas de redução. No Brasil, conforme noticiado, “a partir de 1º de agosto, a mistura de etanol na gasolina subirá de 27% para 30% e a do biodiesel no diesel de 14% para 15%” (Agência Gov, 2025).

Outro avanço legislativo relevante é a aprovação da Lei nº 15.042, de 11 de dezembro de 2024, que institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), também conhecido como mercado regulado de carbono ou cap and trade. De acordo com a lei, empresas que emitirem mais de 10.000 tCO2e por ano deverão apresentar inventário e plano de monitoramento, enquanto aquelas com mais de 25.000 tCO2e também integrarão o sistema até 2030. A norma define fases de implementação, metodologias reconhecidas e sanções, incluindo multa de até 4% do faturamento (Demarest Advogados, 2024).

Com a realização da COP 30 prevista para novembro de 2025, em Belém (PA), o Brasil se posiciona no centro das discussões climáticas globais. Como país anfitrião, carrega a expectativa de liderar compromissos ambiciosos de descarbonização e fortalecer sua credibilidade internacional. Em preparação para o evento, o governo brasileiro apresentou sua nova meta climática nacional (NDC), comprometendo-se a reduzir as emissões entre 59% e 67% até 2035, em relação a 2005 (Reuters, 2025).

Outro ponto essencial refere-se à adoção das normas do ISSB (IFRS S1 e S2), incorporadas pela CVM, que exigem relatórios corporativos mais rigorosos sobre riscos e oportunidades relacionadas ao clima. Com isso, empresas precisam integrar governança climática à sua gestão de forma estruturada.

Construir uma estratégia Net Zero demanda governança climática consolidada, integração entre áreas, uso de tecnologia e métricas robustas. Trata-se de muito mais do que compensar emissões: é transformar processos, produtos e modelos de negócio, gerando inovação, eficiência energética, economia circular e acesso a novos mercados alinhados ao baixo carbono.

A Ius oferece suporte completo para organizações que desejam estruturar e implementar sua jornada rumo ao Net Zero com credibilidade, conformidade jurídica e impacto real. Auxiliamos no mapeamento de emissões, definição de metas baseadas na ciência, elaboração de planos de descarbonização, suporte em certificações, relatórios alinhados a normas internacionais e avaliação de riscos climáticos. Com nosso conhecimento regulatório, visão estratégica e compromisso com a sustentabilidade, apoiamos empresas na construção de um futuro resiliente e competitivo.

Fale com nosso time e avance rumo à neutralidade climática, pois responsabilidade ambiental é também vantagem competitiva.

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Bacharela em Direito pela Escola Superior Dom Helder Câmara, é pós- graduada em Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Atualmente, cursa pós-graduação em Gestão de Riscos e Compliance e em Direito Ambiental e Sustentabilidade. Possui formação técnica em Administração pelo ETFG-SEBRAE e certificações em proteção de dados, incluindo DPO pela EXIN. É consultora jurídica e atua diretamente com auditorias de conformidade legal, ESG e governança corporativa. É Auditora do PGR CETESB, Auditora Interna em SGI (ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001) e Auditora Interna em ESG (ABNT PR 2030:2022). Acredita na importância da sustentabilidade, segurança jurídica e inovação para um ambiente corporativo mais responsável.

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