Leilão de Sisol: uma revolução energética e sustentável

Garantir o acesso à energia limpa e sustentável em regiões isoladas da Amazônia é uma das metas estratégicas do governo brasileiro. Substituir os sistemas movidos a diesel por fontes renováveis, como a energia solar e eólica, é uma medida urgente tanto para o meio ambiente quanto para o desenvolvimento social dessas comunidades.

Neste artigo, você vai entender como o leilão de Sisol está transformando esse cenário e de que forma empresas alinhadas às práticas de ESG podem desempenhar um papel fundamental nesse processo.

O que é o Leilão de Sisol?

O leilão de Sisol (Sistema Isolado com Sol) é uma iniciativa do governo federal, por meio da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e do MME (Ministério de Minas e Energia), voltada à contratação de soluções renováveis para os chamados “sistemas isolados” — principalmente na região amazônica, onde muitas comunidades ainda não estão conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

A proposta do leilão é substituir gradualmente o uso de geradores a diesel por fontes limpas como a solar, eólica e biomassa, promovendo uma matriz energética mais sustentável e inclusiva.

ESG e o Leilão de Sisol: compromisso com o futuro

A iniciativa do leilão de Sisol está totalmente alinhada aos pilares ambientais, sociais e de governança (ESG). Acredita-se que ao passar por essas três esferas é possível ter um programa mais eficaz, seguro e útil para a sociedade como um todo.  Abaixo, veja como cada compromisso é contemplado:

Meio Ambiente

Na esfera ambiental o leilão visa: reduzir drasticamente as emissões de CO₂, busca evitar o transporte de combustíveis fósseis em áreas de biodiversidade sensível e, além disso, promover a preservação da floresta. Alguns exemplos de ações no campo ambiental:

• Substituição de diesel por energia solar, eólica e biomassa.
• Redução da pegada de carbono nas regiões isoladas.
• Diminuição de risco ambiental através da redução de transporte de combustíveis fósseis.

Social

No que se refere ao aspecto social, o leilão de sisol quer levar energia confiável e contínua a comunidades ribeirinhas, indígenas e de baixa renda, melhorando acesso à saúde, educação, internet e desenvolvimento local. Algumas ações no âmbito social é:

• Inclusão energética de populações marginalizadas.
• Desenvolvimento local com geração de empregos e capacitação técnica.
• Fortalecimento de direitos básicos: luz, água potável, educação e conectividade.

Governança

E no que tange a economia e governança tem por objetivo reduzir custos de geração, promover justiça energética e reforçar a imagem do Brasil como líder climático internacional, especialmente na COP30, que será realizada em Belém (PA). Essas medidas podem ser feita com ações como:

• Regulação clara e transparente pela ANEEL e MME.
• Atratividade para investidores por meio de contratos de longo prazo.
• Alinhamento com metas do Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Como o Leilão de Sisol gera oportunidade para as empresas?

Além do impacto socioambiental positivo, o leilão de Sisol oferece grandes oportunidades de negócio e posicionamento estratégico para empresas, especialmente as que atuam em energia, infraestrutura, tecnologia limpa e consultoria regulatória:

Receita Estável e Entrada em Novos Mercados

O leilão de Sisol traz para as organizações a possibilidade de Contratos de fornecimento com duração de até 20 anos. Além disso, facilita que as organizações consigam se expandir para regiões onde a concorrência ainda é baixa.

Visibilidade Nacional e Internacional

As empresas ganham destaque na COP30 e em relatórios de sustentabilidade e garante reconhecimento junto a stakeholders e fundos de investimento ESG.

Inovação, pesquisa aplicada e parcerias estratégicas

Maior desenvolvimento de tecnologias off-grid e sistemas híbridos e mais estímulo à economia verde e novos modelos de negócio. E por fim, mas não menos importante, é possível alianças com prefeituras, ONGs, cooperativas, startups e bancos de fomento.

Como se preparar para atuar no Leilão de Sisol?

Para as empresas participantes, as informações necessárias ao cálculo do custo do combustível e da parcela variável de operação e manutenção deverão ser enviados até o dia 30 de maio de 2025 à Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Esses dados são essenciais para a formulação das propostas no leilão.

Para empresas que queriam participar e não estão participando este ano, ou até mesmo para organizações que não fornecem energia diretamente podem se beneficiar do movimento da seguinte forma:

• Tendo uma gestão ESG estruturada;
• Se mantendo em conformidade com as exigências legais e ambientais;
• Se preparando para atender aos critérios de sustentabilidade exigidos pelo leilão.

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